naveguei sem rumo
entregue às ondas que ouvia
entregue às ondas que ouvia
da trilha que segue e leva ao porto
poesia
Arco do tempo*
eu tenho um barco por dentro
seu rumo é a curva de um arco
seguindo o arco do tempo
que puxa a corda do barco
o barco é o meu sentimento
no mar do peito eu me encharco
em qualquer ponto do tempo
eu passo e finco meu marco
meu rastro é o verso que eu deixo
formando um mar de sargaço
e quanto mais mar eu vejo
é mais um canto que eu faço
já fiz um círculo e tanto
cruzei um século inteiro
morrer eu vou, mas meu canto
jamais vai ter paradeiro
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