7 de abril de 2011

Nasceram-me surdo e mudo

Com que olhos eu quero ver o mundo?
Com os olhos da medíocre idade
Que tenho agora.
Com olhos de que nem ligo,
Com esse jeito que vivo.
Como se não fosse comigo.

Fingindo que, lá no fundo,
Não tenho parte na mediocridade.
Que fica do lado de fora,
Porque se entrar, eu desligo,
Afinal, assim que sobrevivo
De enxergar só meu próprio umbigo.

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