1 de março de 2011

Eu quero a rima, mesmo se a rima for cara.
Se o preço for alto, do tamanho da carência,
Que me cobre tanto e quanto a indecência
De ter sido deixado...

No último domingo, a primeira coisa que eu disse pro mundo (o meu mundo) foi: eu resolvi que vou sentir saudade hoje. Não foi sobre saudade que falei aqui, porque saudade só se sente daquilo que se teve. Eu não tive coragem pra isso (não tenho). Eu sempre permaneci em mim mesmo. E permaneço aqui pelo verso sincero, como sempre foi. Perdão eu peço à poesia. Perdão pela indecência de mentir e querer cobrar por isso. Que a única rima que importa não me abandone, aquela que vale pelo apreço sincero e necessário para que ela exista. Perdão.

2 comentários:

Cosmunicando disse...

você é o verso sincero, é a congruência que prescinde da rima, porque permanecer em si mesmo é pura poesia.
olhos emprestados não carece, mas continue me presenteando com sua leveza :)

Flávio Brito disse...

Aí eu só te agradeço a generosidade, muito obrigado.