Partiu pra rua
porque o mundo é agora,
a vida é aqui
e tem a lua lá fora
pra dar vontade de ir.
Vi a Poesia indo embora,
pra ficar longe de mim.
Passou pela porta
reclamando por verdade.
Dizia-se cansada
do meu verso covarde.
Não disse quando volta,
mas sei que virá nua...
Buscará antes pela rima crua.
Rejeitará todo motivo raso
e sentimentos sem convicção.
Vai se rasgar em verbos
e separar-se em sílabas,
– se for caso –
pelo simples prazer,
pela transgressão.
25 de março de 2013
8 de março de 2013
Admita
Sorte nenhuma pode te revelar,
A covardia vai destruir,
E o acaso nunca foi famoso por ter paciência.
O tempo vai te cobrar por todo esse desperdício.
Pra que tanto arrependimento?
Pra quê?
Tudo isso, ainda, vai se transformar em amargura.
A cura pro teu medo não mora na ausência.
Você fugiu de si mesmo
E construiu barreiras para se esconder de parte grande do mundo.
No final, em vez de segurança, o resultado pode ser apenas autopiedade*.
A covardia vai destruir,
E o acaso nunca foi famoso por ter paciência.
O tempo vai te cobrar por todo esse desperdício.
Pra que tanto arrependimento?
Pra quê?
Tudo isso, ainda, vai se transformar em amargura.
A cura pro teu medo não mora na ausência.
Você fugiu de si mesmo
E construiu barreiras para se esconder de parte grande do mundo.
No final, em vez de segurança, o resultado pode ser apenas autopiedade*.
*Não tenho certeza quanto a grafia correta desta palavra.
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