16 de julho de 2011

O chão e o não

Desenhei um circulo em volta de mim
Porque todo limite sugere um ideal de libertação.
Já não importa mais...
Liberdade é estar com os dois pés em qualquer lugar
Fora do chão.

                                     
                                 ***
Como um brotinho de feijão foi que um dia eu nasci,
Despertei cai no chão e com as flores cresci.
E decidi que a vida logo me daria tudo
Se eu não deixasse que o medo me apagasse no escuro.

Quando mamãe olhou pra mim, ela foi e pensou
Que um nome de passarinho me encheria de amor
Mas passarinho se não bate a asa logo pia
Eu que tinha um nome diferente já quis ser Maria
Ah, e como é bom voar

(Tiê - Passarinho)

14 de julho de 2011

Que assim seja

Risquei uma linha em mim
e fui juntando letra,
fui me escrevendo com elas...

Já quis deixar a caneta
Já quis ser só letra
E por vezes, não soube qual delas usar

É a minha velha miopia...
Só me resta fechar os olhos e rezar:

À toda poesia que há no mundo,
peço que me impeça
de me perder. 

Quando eu não for capaz,
peço que não me mostre.
Peço que  me faça ver.

Amém!